A passagem de Vénus em frente ao Sol, conhecida como trânsito de Vénus, é um fenómeno astronómico previsível e raro. Ocorre quando a Terra, Vénus e o Sol se encontram alinhados, e portanto, visto da Terra, Vénus passa diante do disco solar, cobrindo uma pequena parte deste. Isto ocorre duas vezes com intervalos de 8 anos entre cada duas aparições, separados entre si por mais de cem anos. Por exemplo: houve um trânsito em 2004, e vamos ter este de 2012. Depois disso, só em 2117 e 2125. Quer dizer que dificilmente alguma pessoa que esteja agora viva vai ter ocasião de voltar a ver este fenómeno.
O último foi terça-feira (05/06/2012), ontem, às 19h09 no horário de Brasília. O fenômeno foi descoberto em 1627, pelo astrônomo alemão Johannes Kepler (1571-1630). Ele percebeu que planetas interiores como Mercúrio e Vênus iam cruzar o disco solar, e chegou até a prever que o caminho de Vênus passaria pela Terra dali a quatro anos, em 1631.
Essa foi a primeira vez que observamos o fenômeno, mas Kepler não chegou a vê-lo, pois faleceu em dezembro de 1630. Depois do trânsito de 1631, ocorreram mais seis.
O último foi terça-feira (05/06/2012), ontem, às 19h09 no horário de Brasília. O fenômeno foi descoberto em 1627, pelo astrônomo alemão Johannes Kepler (1571-1630). Ele percebeu que planetas interiores como Mercúrio e Vênus iam cruzar o disco solar, e chegou até a prever que o caminho de Vênus passaria pela Terra dali a quatro anos, em 1631.
Essa foi a primeira vez que observamos o fenômeno, mas Kepler não chegou a vê-lo, pois faleceu em dezembro de 1630. Depois do trânsito de 1631, ocorreram mais seis.
O evento de 2004 gerou grande atenção porque pela primeira vez havia tecnologia com capacidade para captar imagens de qualidade. Os trânsitos anteriores tinham sido em 1874 e 1882, havendo apenas desenhos e registos fotográficos de baixa qualidade. Assim, as imagens de 2004 mostraram, pela primeira vez, a visão espectacular da passagem de um simples ponto preto em frente ao disco solar.
O registo do trânsito de Vénus foi objetivo de muitas missões científicas europeias a partir do século XVIII, quando o astrónomo Edmund Halley sugeriu que observações feitas a partir de diferentes pontos da Terra poderiam ajudar a solucionar um dos enigmas da ciência de então: qual o tamanho do Sistema Solar? Qual a distância, em valores absolutos, entre um e outro planeta?
Cientistas e exploradores empenharam-se nesta tarefa, viajando até lugares longínquos, num grande esforço internacional de aproveitar as raras oportunidades para fazer medições. As observações simultâneas a partir destes vários pontos do globo permitiriam fazer os cálculos geométricos necessários para conhecer a distância. Nem sempre os resultados destas expedições foram os melhores, devido às condições meteorológicas e à tecnologia da época.
Um caso célebre de persistência e fiasco é o de Guillaume Le Gentil. Este astrónomo francês viajou até ao sul da Índia, mas falhou as observações em 1761 (os solavancos do navio não lhe permitiram fazer medições) e, depois de ter decidido esperar oito anos pela oportunidade seguinte (e última no seu tempo de vida), voltou a não ver o trânsito de Vénus, devido ao mau tempo.
Já no século XIX, com a ajuda da fotografia, os dados combinados das observações dos trânsitos anteriores permitiram um primeiro cálculo das distâncias entre os planetas, que com as tecnologias modernas foram sendo aperfeiçoados.
Fonte: Maior Tv
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