Pular para o conteúdo principal

Astrônomos registram exato momento de estrelas nascendo em explosões incríveis

Estrelas não só morrem em explosões espetaculares, às vezes elas também se formam em explosões espetaculares. Usando o Atacama Large Millimeter / submillimeter Array (ALMA), astrônomos foram capazes de capturar em alta resolução os fogos de artifício que acompanham o nascimento de novas estrelas.

Os pesquisadores usaram o observatório para observar a Nuvem Molecular de Orion 1 (OMC-1), uma notória região formadora de estrelas dentro da Nebulosa de Orion, localizada a 1.300 anos-luz da Terra. Cerca de 500 anos atrás, no OMC-1, duas dessas protoestrelas interagiram – e agora podemos ver o resultado.

Os astrônomos não têm certeza se a interação foi um quase contato ou uma colisão completa, mas o que quer que seja, desencadeou uma erupção poderosa que arremessou gás, poeira e muitas protoestrelas em uma velocidade de até 150 quilômetros por segundo. O Sol teria que brilhar por 10 milhões de anos para emitir a mesma quantidade de energia que foi liberada na interação.

As duas protoestrelas envolvidas na erupção também se moveram. Observações sugerem que um está se movendo a 29 quilômetros por segundo e a outra a 13 quilômetros por segundo. Elas foram vistas movendo-se em direções opostas do centro da explosão, o que as torna a mais provável parte culpada neste evento.



O estudo, publicado no The Astrophysical Journal, focou na distribuição e movimento do monóxido de carbono, que é um bom indicativo de como o material foi empurrado para fora. Os astrônomos foram capazes de usar essas moléculas para descobrir quão rapidamente o gás estava deixando a nuvem molecular e há quanto tempo a explosão aconteceu.

Os fogos-de-artifício estelares foram vistos primeiramente no OMC-1 em 2009, e desde então foram observados com diversos instrumentos diferentes. Essas últimas observações fornecerão dados muito necessários sobre esses misteriosos processos, com a explosão aqui vista como sendo um evento efêmero que durou apenas alguns séculos.

Além de rápidos em termos cósmicos, estes eventos podem ser bastante comuns. Acredita-se que as protoestrelas nesta nuvem se formaram há pouco mais de 100 mil anos. É possível que algumas centenas dessas explosões possam empurrar gases suficientes para impedir que nuvens formadoras de estrelas criem estrelas.

Fonte: iflscience

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

NASA fotografa Marte, você escolhe aonde!

A NASA está convidando o público desde o começo do ano de 2010 a selecionar locais em Marte para serem fotografados por uma das mais poderosas câmeras já enviadas ao espaço. A câmera é HiRISE (High Resolution Imaging Science Experiment), que está a bordo da sonda espacial MRO (Mars Reconnaissance Orbiter), responsável pelas mais belas imagens de Marte já feitas até hoje. A HiRISE é um dos seis instrumentos da MRO. Lançada em agosto de 2005, a sonda espacial chegou a Marte no ano seguinte para começar uma missão científica de dois anos. Desde 2006, a HiRISE já fez aproximadamente 13.000 fotos de Marte, abrangendo dezenas de quilômetros quadrados, no entanto, apenas cerca de 1 por cento da superfície de Marte foi fotografado até agora. O público está sendo incentivado a recomendar alvos nos outros 99 por cento.  Para receber as sugestões, a NASA criou um site interativo, chamado HiWish, um trocadilho com as letras iniciais do nome da câmera e a palavra desejo, você faz u...

Telescópios poderão encontrar oceanos em planetas distantes

A mais nova geração de telescópios poderá identificar oceanos em planetas fora do Sistema Solar, segundo astrônomos – ou seja, ficará muito mais fácil encontrar outros lugares no espaço que possam abrigar vida. A esperança dos cientistas é que um novo telescópio, que deverá ser lançado pela NASA em 2014, possa capturar o brilho que uma superfície coberta por água teria. Eles procurariam por essa evidência, primeiramente, em planetas com o mesmo tamanho da Terra e com a distância de suas “estrelas mãe” aproximadamente igual a que o nosso planeta tem do Sol. Segundo os pesquisadores, um oceano é o sinal mais óbvio de que a vida poderia ter se desenvolvido no planeta da mesma forma que se desenvolveu na Terra. Essa técnica do brilho foi usada na lua de Saturno, Titã, para comprovar a existência de um oceano de metano. Outra técnica que poderia ser usada para identificar vida seria procurar por áreas verdes, que indicassem vegetação, em outros planetas – mas como a...

Misterioso objeto isolado é investigado por astrônomos

Uma equipe internacional de astrônomos investigou recentemente um misterioso objeto designado CFBDSIR J214947.2-040308.9, a fim de tentar revelar sua natureza. Infelizmente, ainda não sabemos do que se trata, mas supõe-se que ele seja uma massa planetária jovem e errante, ou uma anã marrom de baixa massa e alta metalicidade. Os resultados de novas observações podem ajudar os cientistas a distinguir entre essas duas classes. Dúvida O objeto foi detectado pela primeira vez em 2012 por Philippe Delorme, da Universidade de Grenoble Alpes, na França, e seus colegas. Na época, a equipe pensou que ele poderia ser um membro do grupo movente AB Doradus. Após sua descoberta, foi classificado como um candidato a massa planetária isolada. No entanto, devido à falta de evidências convincentes para suportar a hipótese de que o CFBDSIR 2149-0403 se formou como planeta e posteriormente foi ejetado, não se pode excluir a possibilidade de que seja uma estrela anã marrom de baixa massa. Complicação Pa...

Conheça o mais novo “Planeta X” do sistema solar

Você está vendo aquele pontinho branco se movendo ali do lado direto da imagem acima? Esse é o mais novo “planeta mais distante” do nosso sistema solar. Orbitando entre 12 e 70 bilhões de quilômetros, o 2012 VP113 – nome provisório até que os cientistas tenham mais informações sobre ele – está junto com Sedna e outros planetas anões na Nuvem de Oort. A descoberta foi feita por Scott Sheppard e Chadwick Trujillo, do Observatório Gemini. Além do 2012 VP113, o trabalho desses cientistas também indica a possível presença de um enorme planeta, talvez com 10 vezes o tamanho da Terra, que estaria influenciando a órbita do recém-descoberto planeta anão. Entenda melhor o Planeta X O nosso sistema solar é dividido em três partes: os planetas rochosos, como a Terra, que estão perto do sol; os planetas gigantes de gás, que estão mais longe do sol; e os objetos congelados do cinturão de Kuiper, que se encontram muito além da órbita de Netuno. Ainda mais além desses objetos está S...

A NASA planeja recuperar os mares de Marte

A ideia é criar um campo magnético artificial que permita ao planeta recuperar suas antigas características! De acordo com a NASA, um dos projetos espaciais mais ambiciosos estudados pela USRA (sigla para Universities Space Research Association) consiste na criação de um “escudo magnético”, que facilitará bastante as missões terrestres em Marte. Esse programa, que terá início até 2050, prevê a instalação de um grande dipolo com um circuito elétrico fechado, localizado entre o Sol e Marte, em um ponto estável conhecido como Marte L1. Isso produziria um campo magnético artificial e protegeria o planeta vermelho das partículas solares de alta energia que afetam sua atmosfera. As simulações feitas até o momento indicam que essa proteção contribuirá também para que, em alguns anos, Marte recupere seus mares e alcance a metade da pressão atmosférica da Terra. Fonte: RT